está disponível. Nunca a formulação de precisão foi tão acessível, poderosa e segura.

Como gestão da qualidade e formulação estão conectadas

A partir das análises qualitativas e bromatológicas dos insumos e produtos acabados, qualidade e formulação podem trabalhar juntos para maior valorização das matérias-primas, aproximando níveis nutricionais do produto formulado do produzido e diminuindo os custos de produção.

A enorme importância do controle de qualidade na produção de rações é indiscutível para o sucesso e rentabilidade de qualquer operação. Poucos são os fatores mais críticos que impactam na consistência dos produtos acabados e, consequentemente, em uma nutrição adequada dos animais.

Dentre tantas responsabilidades dentro de uma fábrica de ração, o trabalho analítico irá auferir os resultados e valores quantitativos dos componentes nutricionais dos alimentos utilizados e produzidos. Isso irá assegurar que os níveis de garantia sejam sempre entregues e atendidos.

É evidente, como vimos no artigo sobre APPCC, que gestão da qualidade dentro das fábricas de rações vai muito além da análise de insumos e produtos acabados: envolve controles sanitários, compliances regulatórios, limpeza e higienização de instalações, potabilidade da água, manutenção e calibração de equipamentos, e muito mais. Neste artigo, vamos tentar entender um pouco mais como a área de qualidade pode ajudar nutricionistas e formuladores a garantir maior consistência dos ingredientes utilizados e produtos fabricados, impactando na qualificação de fornecedores e controle de matérias-primas e na rastreabilidade dos alimentos.

Sabemos que a relação entre um alimento de qualidade e a performance do animal (em outras palavras, o cumprimento do objetivo definido para o produto) envolve não apenas os valores quantitativos dos nutrientes da ração, mas também a digestibilidade e metabolização desses nutrientes. Assim, um dos grandes desafios dos nutricionistas, formuladores e profissionais de nutrição animal é monitorar todos os aspectos do sistema de produção e mensurar as variáveis que representam bons indicadores do controle de qualidade.

O princípio da formulação adequada

Em artigos passados, falamos um pouco sobre o processo de formulação e quais seriam os principais pontos de atenção ao fazer uso de um software de formulação, tais como o Optimal Formula e o Optimal FormulaPlus. Bom, sabemos que formulação adequada é aquela que atende às necessidades nutricionais do animal de acordo com a sua etapa fisiológica, representando o equilíbrio quantitativo ideal entre os nutrientes – tais como a relação correta entre lipídeos, proteínas, carboidratos, minerais, vitaminas, entre outros.

No contexto industrial, a formulação de rações e alimentos também pode considerar as variáveis de custo e disponibilidade de matéria-prima para que a formulação adequada seja a de menor custo possível – tal abordagem, permite que empresas consigam ter margens maiores, custos reduzidos e um processo para criar ou adaptar receitas para novos produtos no mercado com maior precisão e rapidez.

Para atingir este objetivo, o ponto inicial para desenvolver uma ração animal é realizar a caracterização dos animais em termos de rebanho, definindo o objetivo, categoria da ração e as necessidades do animal. Assim, será possível levantar todos os nutrientes, ingredientes e alimentos funcionais que participarão da fórmula. Logo, os valores de composição química dos insumos utilizados irão ser diretamente responsáveis não apenas pelo balanceamento ótimo dos requerimentos nutricionais, mas também pela qualidade do produto acabado.

Determinando a qualidade dos insumos e produtos acabados

Seja para atender às instruções normativas e regulamentações governamentais, para aplicar políticas de rastreabilidade de alimentos utilizados ou para qualificar os fornecedores selecionados pela empresa. O controle de qualidade dos ingredientes utilizados no processo de produção é crucial para uma previsibilidade maior a respeito da qualidade de uma ração, suplemento, premix, entre outros alimentos.

Dentro da fábrica, ao receber as matérias-primas, a equipe de qualidade toma o primeiro passo: faz-se uma amostragem precisa e define-se os procedimentos analíticos que vão iniciar as atividades laboratoriais para avaliação dos itens recebidos. Seja em laboratórios próprios ou terceirizando essa atividade, todos estes procedimentos de amostragem e inspeção analítica dos insumos precisam ser escritos e documentados, por exemplo, no Manual de BPF da empresa.

Essa amostra recebida no pátio da fábrica passa, a partir deste momento, por todo processo analítico – cor, odor, presença de materiais estranhos, deterioração por biotoxinas, textura e uniformidade são algumas das análises realizadas para certificar a qualidade. Mais detalhadamente, dependendo da matéria-prima recebida, a área de qualidade pode realizar análises individuais mais detalhadas para certificar que:

  • O time responsável pela formulação está trabalhando com matrizes e valores nutricionais atualizados. Para isso, costumam gerar estatísticas das análises realizadas nas amostras e passam para a formulação os valores médios e desvio padrão encontrados. Níveis de proteína bruta, matéria mineral, fibra bruta, extrato etéreo e umidade são mensurados e podem ser utilizados para calcular aminoácidos e valores energéticos dos ingredientes. Além disso, o balanceamento com níveis de composição corretos traz maior precisão aos cálculos, que impacta diretamente nos custos de produção dos insumos utilizados;
  • Seja feita a qualificação dos fornecedores e se eles estão de fato entregando insumos que satisfaçam aos níveis de garantia que foi informado anteriormente. Supondo que você comprou uma Farinha de carne e osso (FCO) com valor de Proteína de 50%. Entretanto, ao realizar as análises, uma porcentagem alta dos amostras recebidas desse fornecedor estavam com valores abaixo do limite de tolerância mínimo de 45% de Proteína – ou seja, uma avaliação geral da qualidade dos alimentos fornecidos pode impactar diretamente em uma menor variação dos níveis nutricionais utilizados durante a formulação dos produtos.

Lembrando que, assim como no processo de formulação, o uso de um software específico para realização do controle de qualidade das suas amostras contribui para a otimização de custos e operação. Soluções como o Labinfy, que estão na nuvem e permitem o acesso de qualquer dispositivo conectado à internet, trazem mais mobilidade e agilidade aos laboratórios, o que é essencial para que os resultados das amostras possam ser rapidamente passadas para a área de nutrição, P&D ou formulação.

O impacto da variabilidade na ração formulada

Como vimos anteriormente, fábricas de ração precisam ter um trabalho próximo da área de qualidade para adotar controles e estratégias bem definidas que otimizem os custos de produção, garantam produtos consistentes e sem inocuidade e aproximem ao máximo a ração produzida daquela formulada.

Para exemplificar como a variabilidade pode trazer impactos importantes para a produção, um estudo da Wisium mostrou o impacto que isso traz, por exemplo, em deixar uma ração mais cara do que o necessário e levando a problemas no campo, que nada mais é do que não ter uma boa performance de produção ou do desempenho dos animais. A figura abaixo mostra a variabilidade da Proteína Bruta de um Farelo de Soja brasileiro em diferentes lotes no decorrer do ano e os valores utilizados para a formulação (as retas azuis mostram o valor usado pelo cliente, de 46,8% e o valor médio estatístico de 46,4%).

O estudo pode ser acessado no Volume 29, número 2 de 2021 da revista All About Feed, disponível neste link.

De maneira resumida, certos lotes de produção da ração utilizavam insumos que tinham mais Proteína do que a média utilizada na formulação – ou seja, tiveram um excesso de Proteína na ração, trazendo um aumento de custo que poderia ser evitado. Por outro lado, em lotes que utilizavam insumos com valores inferiores a média, a ração produzida tinha menos Proteína que a formulada, causando, assim, uma redução da performance dos animais. O estudo apontou, ainda, que uma fábrica que produz 100.000 toneladas por ano, teria um custo desnecessário de mais de R$ 260.000 reais ao utilizar níveis de Proteína mais elevados do que o preciso para atender os níveis de garantir e requerimentos nutricionais do produto.

Wisium Study

Imagem retirada de All About Feed, Volume 29 #2 2021.

O próprio estudo traz uma discussão interessante sobre como equipamentos do laboratório, como o NIRS, trazem resultados imediatos ao processo de produção. Uma associação NIRS com os softwares de formulação e equações para cálculos de valores nutricionais torna-se uma estratégia eficaz para evitar composições nutricionais equivocadas na formulação. Se considerarmos, por exemplo, espécies de ciclo curto e rápido, como frangos de corte, você tem animais que ganham peso por hora. Logo, qualquer acréscimo desnecessário de tempo, para qualquer ajuste, pode comprometer todo o sistema de produção.

Conectando análises do laboratório com a formulação

A importância dos processos de gestão da qualidade e formulação andarem juntos é inegável. Isso pode ser comprovado tanto na teoria, quanto na prática, sendo que muitas áreas de qualidade, nutrição, formulação e P&D das maiores empresas produtoras de alimentos acabam fazendo parte de uma mesma célula.

Considerando apenas o processo de formulação (e não todos os benefícios administrativos e comerciais como, por exemplo, da qualificação e melhor seleção de fornecedores), ao realizar as análises qualitativas e bromatológicas dos ingredientes, formuladores podem trabalhar com matrizes nutricionais sempre atualizadas, que contribuem para a maior valorização das matérias-primas e diminuem os custos de produção.

Esse é um caminho que também diminui o tempo de produção e aproxima os níveis nutricionais entre a ração formulada e a produzida. Trabalhando com dados mais precisos dos valores de composição química dos insumos utilizados, não só aumentamos a precisão nutricional da formulação, mas também observamos uma melhoria de performance financeira da operação, além do aumento de eficiência alimentar com a ração produzida.

Seja na qualidade dos ingredientes, processos e procedimentos de controle, mensuração de qualidade dos produtos acabados ou no controle de substâncias tóxicas. Ao aproximar o pessoal do laboratório com o de formulação, aferindo estatísticas e dados mais completos e implementando uma gestão eficaz de fornecedores e matérias-primas, as empresas podem ter uma produção de qualidade consistente, processos eficientes e com rentabilidade crescente.

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