O início do segundo semestre do ano traz um momento interessante no mercado agrícola. Muitas empresas estão iniciando a execução do planejamento do segundo semestre e já estão se preparando para as tendências do mercado que estão vindo. Por exemplo, sabemos que muitas das empresas do mercado estão de olho na janela de oportunidade com a possibilidade de travar o Dólar para a safra 2022/23 e evitar uma possível queda pós-Eleição, juntamente com a capacidade de ganho com o milho em processo de colheita e que precisa ser vendido.

É evidente que as estratégias de milho safrinha via proteção hedge e operações de travar o dólar na soja são apenas exemplos, mas evidenciam a importância que o planejamento financeiro tem para resultados cada vez melhores. E isso acaba se aplicando a diferentes setores e empresas: pet food, food service, metalúrgicas, fertilizantes, entre outras. Seja para mapear corretamente os custos de produção, seja para adotar estratégias que visam a diminuição de riscos e maior controle da alocação de recursos necessários para operação, como capacidade de armazenagem e levantamento de capital.

No entanto, essa premissa básica às vezes é deixada de lado e pode gerar consequências irreversíveis para a companhia. Dessa forma, no texto a seguir vamos falar um pouco mais sobre um dos pilares de planejamento financeiro e te mostrar alguns motivos pelas quais é fundamental entender os custos da empresa e saber investir o recurso nos meios corretos. Acompanhe!

Gestão atenta às melhorias

Quando uma empresa atua no mercado, é necessário que ela tenha colaboradores que estejam atentos às melhorias que podem acontecer ao longo do caminho para solucionar possíveis perdas no investimento inicial em determinado setor ou produto.

Essa gestão financeira e estratégica precisa ser completa e conhecer cada parte do funcionamento do trabalho macro e micro da organização. Dessa forma, é interessante que todos reconheçam o papel dessa equipe para o bom funcionamento do sistema inteiro.

Com isso, é possível apontar para melhorias que precisam ser realizadas para evitar a perda de capital e para que os recursos sejam otimizados e utilizados naquilo que, de fato, está no caminho adequado. Essa cultura organizacional também do setor das finanças se mostra cada vez mais necessária dentro do mercado competitivo e que se atualiza com frequência.

Saber com detalhes o custo-benefício da empresa

Um dos aspectos básicos e iniciais para compreender a importância da gestão de recursos é saber o que dentro da empresa gera uma relação de custo-benefício e o que não se encaixa nesse princípio.

O custo-benefício nada mais é do que o resultado, seja ele monetário, de tempo, de recurso, etc, que uma empresa tem ao colocar na balança aquilo que ela investiu e o que ela terá de lucro. Essa matemática é feita para calcular desde a mão de obra de um colaborador, até o tanto que será investido em matéria prima para formular um produto, por exemplo.

Percebemos, portanto, que ter a clareza do custo-benefício dos gastos e investimentos da companhia são fundamentais para o bom funcionamento do trabalho, não é mesmo? Nessa gestão e controle financeiro, é preciso que haja detalhamento de tudo o que sai e entra da empresa, para que o balanço seja completo.

Escalar as produções

Para realizar uma otimização de recursos que realmente gere um resultado significativo para a empresa, é preciso saber que em alguns momentos é necessário escalar as produções, ou seja, aumentar o investimento, para que o retorno também seja maior.

Porém, para chegar a esta etapa do procedimento não basta apenas colocar mais dinheiro em algo que pode ser lucrativo. A análise de mercado, de risco, de potencial financeiro e de retorno são fundamentais antes que qualquer passo seja dado.

Nesse sentido, os analistas podem indicar, junto com seu time financeiro e de estratégia quais são os caminhos mais adequados e em quanto tempo o retorno do investimento começará a ser sentido nas finanças gerais da companhia.

Mudar a estratégia quando necessário

A grande virtude de ter uma visão ampla para a gestão de recursos é conseguir antever problemas e mudar a rota quando for preciso. Isso porque o mercado é volátil e alguns acontecimentos podem gerar consequências na sua empresa.

Um exemplo disso são a pandemia de COVID-19, o conflito Rússia-Ucrânia e a oscilação do principal ativo formador de preço no Brasil, o dólar, que frearam a produção de insumos de diversos setores, com isso, as empresas tiveram que se adequar ou encontrar saídas para a falta de matéria-prima.

Porém, para conseguir fazer isso, é preciso que a organização tenha uma equipe antenada, que consiga propor soluções antes mesmo dos problemas baterem na porta. Essa capacidade de mudar as estratégias mostra que o custo-benefício com um time preparado a propor, simular e adotar estratégias de diferenciação e alternativas em momentos adversos é altíssimo, afinal, não é vantajoso manter um investimento em um cenário que se mostra pouco atrativo ou fadado ao insucesso.

Investir com assertividade

Não adianta a sua empresa fazer investimentos sem um estudo de mercado adequado que informe as vantagens, as desvantagens, o possível lucro, os riscos, entre tantos outros fatores essenciais.

Fazer isso, sem uma gestão, é correr um risco desnecessário e extremamente desgastante, uma vez que pode ser algo que gera uma despesa que o financeiro da companhia não está preparado para suprir.

Usar os recursos com responsabilidade e assertividade devem ser as prioridades para qualquer gestor que deseja aumentar os lucros e investimentos da empresa que está comandando. Isso inclui dizer que fazer a análise de qual compra ou aporte é o ideal para o momento que a empresa está vivendo e de como o mercado está reagindo nos últimos tempos.