5 classificações de alimentos para animais

Saber as diferentes possibilidades existentes ajuda formuladores a adequarem os produtos e dietas a caracterísitcas únicas, buscando fornecer toda demanda alimentar e adequar aos hábitos, preferências e enriquecimento dos animais.

A elaboração de uma ração para um determinado tipo de animal exige uma série de cuidados e estudos para encontrar a fórmula que melhor atenda as necessidades da caracterização fisiológica e objetivos de desempenho dos animais. Não à toa – e vale sempre lembrar – que a nutrição animal é uma ciência, bastante específica e que exige que as empresas estejam em constante aprimoramento para equilibrar o bom atendimento das necessidades dos animais com a promoção de seus negócios.

Assim, saber o impacto que dado produto trará de eficiência alimentar e nutricional aos animais, seja na criação ou adaptação de novas receitas, é imprescindível para definir as etapas e processos estratégicos que auxiliem na produção de produtos de sucesso. Este é um ponto fundamental para garantir o sucesso no desenvolvimento de produtos que entreguem valor e satisfaçam as necessidades de seus clientes. Para ajudar você na hora de desenvolver produtos que atendam a estratégia de inovação e de negócios da sua empresa, vamos apresentar cinco tipos de classificações de produtos acabados e falar um pouco mais das características de cada uma delas. Acompanhe!

1) Fareladas

As rações fareladas são as mais comuns e que passam pelo processamento mais simples durante a sua formulação. Nela, os ingredientes são colocados seguindo o padrão de quantidade previamente estabelecido, passam pelo processo de moagem e logo após são misturados até se tornarem um material único, sem distinção de componente.

Esse tipo de alimento é fabricado para vários tipos de animais, sendo os bovinos os mais comuns. É um processo de fabricação simples, sendo que o produto acabado pode ser ensacado ou então armazenado.

2) Peletizadas

Outro processo bastante utilizado pela indústria de alimentos para animais é a peletização. Ela se diferencia das fareladas na parte final do procedimento, pois os nutrientes que foram pesados, moídos e misturados passam ainda por um aquecimento de até 900ºC e por uma etapa de umidade e pressão. O resultado são grãos em formato de pellets.

O acréscimo deste tipo de exposição ao calor, pressão e umidade, além do formato da ração, permite que não haja tanto desperdício de comida quando o animal estiver se alimentando, uma vez que ela tende a não produzir tanto farelo. Em outras palavras, a peletização de ração melhora a digestibilidade e, consequentemente, a eficiência alimentar em comparação à ração farelada.

Apesar de ser usada em alguns casos, os alimentos peletizados não são indicados para animais que têm contato com a água, como os peixes, ou que vivem em ambientes molhados. Essa indicação é feita, pois quando entra em contato com o pellet perde nutrientes.

3) Extrusadas

Em uma escala de número de etapas dentro do processamento de alimentos animais, as rações extrusadas estão acima das fareladas e peletizadas. Diferente das outras duas, a mistura dos nutrientes moídos passa pelo processo de pressão, aquecimento e umidade, além de mais tratamentos que garantem um melhor desempenho do alimento.

Durante a fase de aquecimento, o material é colocado em até 1500ºC, mais do que a ração peletizada. A umidade em que é exposta é de até 25% e a pressão varia de 30 a 60 atm. Toda essa parte é feita para que o alimento seja consumido também por peixes, sem perder a qualidade dos nutrientes.

Com algumas adaptações, o pellet pode boiar e ser consumido pelos peixes que sobem até a superfície; submergir e ficar na metade de um aquário/tanques, por exemplo; e ter a densidade mais alta para atingir o chão e atender às necessidades dos peixes que se alimentam no fundo dos aquários/tanques.

Além disso, o processo de extrusão confere características de resistência e formatação aos produtos, possibilitando a produção de diferentes formas e tamanhos de alimentos. Por esse motivo, é muito usado na nutrição de cães e gatos não apenas pelo incremento na digestibilidade de proteínas e carboidratos, mas também por possibilitar a criação de alimentos que combinam atributos sensoriais que estimulam o apetite dos animais, sem abrir mão das propriedades nutricionais da ração.

4) Úmidas

As rações úmidas são usadas principalmente para cães e gatos que estão com problemas de saúde relacionados à perda de apetite, problemas com a resistência dos dentes e desmame de filhotes. Em seu processamento, o pellet recebe, além da mistura dos nutrientes e o tratamento adequado para conservação, um acréscimo de água, com alguns outros componentes que deixam o alimento mais atrativo ao animal.

A presença do líquido no pacote em que são comercializados aumenta a palatividade do animal e, geralmente, esse tipo de alimentação é usado em casos excepcionais pelos tutores. Em compensação, por mais que seja mais atraente, a ração úmida tem um tempo de conservação fora da embalagem bem menor do que as rações secas. É por isso que indica-se que o consumo seja imediato após a abertura do pacote.

5) Assadas

As empresas que fabricam rações para animais testam novas fórmulas e processamentos com frequência para encontrar um produto novo e que seja impactante no mercado.

Os alimentos assados surgiram dessa tentativa de encontrar algo novo. Durante o processo de preparação dos pellets, os nutrientes também são moídos, misturados, formatados, aquecidos e, por fim, assados. Esse último passo é o que difere esse alimento dos demais citados anteriormente, pois ele continua sendo uma ração seca, porém, tem um teor de palatabilidade elevado, tornando-se mais atrativo para tutores e para os animais.

Variedade de produtos

Os alimentos dados aos animais são essenciais para garantirmos que todas as necessidades nutricionais de seu estágio de vida sejam atendidas. Ao associar a nutrição mínima a um produto que entregue uma adequação aos hábitos, preferências e enriquecimento alimentar com o bem-estar da espécie, temos uma visão mais ampla e biologicamente apropriada. Essa abordagem possibilita que formuladores já possam prever, no momento da qualificação dos ingredientes e composição dos produtos, como entregar alimentos que promovem a saúde, a satisfação animal e a segurança alimentar.

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