O desafio da humanização dos pets para formulação

O crescimento dessa mudança de comportamento trouxe novos desafios para formuladores e empresas que fabricam alimentos para os pets.

Nos últimos anos o mercado de produtos e alimentos para pets viu o comportamento dos consumidores mudar bastante. Os animais que antes eram vistos como de estimação se tornaram parte das famílias, num processo que ficou conhecido como humanização dos pets. Como consequência deste movimento, as empresas foram obrigadas a se preparar para atender às novas exigências do mercado – que, por sinal, estão sempre alterando -, gerando mais desafio, principalmente para os formuladores de alimentos.

Vimos que a pandemia trouxe um impacto nos hábitos de consumo dos tutores: como muitos estavam em casa, houve um aumento dos gastos mensais com seus animais. O que foi visto, a partir desse momento, é que esse aumento de gastos veio para ficar. Ao contrário de outras rotinas de compras adquiridas durante a reclusão domiciliar, a compra de produtos para animais de estimação, e principalmente ração animal, tornou-se equivalente a cuidar de um familiar e não se espera que essa relação de proximidade diminua ao longo do tempo.

De mesmo modo, a humanização trouxe uma diversificação da dieta de cães e gatos, sendo que muitas vezes os próprios tutores passaram a espelhar os seus hábitos de consumo em seus animais. A busca de alternativas para melhorar as refeições como experiências agradáveis, a procura por formatos de embalagens inteligentes, principalmente focados na frescura dos produtos, assim como a busca por ingredientes naturais e saudáveis na composição dos produtos comercializados foram alguns exemplos de tendências recentes do mercado de pet food.

É certo que o próprio papel do nutricionista animal e formulador ficou ainda mais crucial para essa nova exigência e demandas. Novas matérias-primas, necessidade de estar sempre pesquisando e criando novas fórmulas, sem falar de precisar sempre estar se atualizando e conhecendo novos conceitos. No artigo a seguir vamos trazer uma breve introdução dos conceitos que falamos acima, bem como os obstáculos que os formuladores podem encontrar pelo caminho. Acompanhe!

A humanização dos animais

Para entender todo esse momento de mudança é preciso saber o que é a humanização dos animais. Num passado não tão distante, os pets, em especial cães e gatos, eram adotados ou comprados pelas famílias para que servissem de companhia para a família, e, no caso dos cachorros maiores, para que fizessem a guarda da casa.

Porém, com a era digital em alta, os tutores passaram a atribuir características humanas aos amigos de quatro patas e isso causou um efeito avassalador, mudando de vez o comportamento social, alimentar, consumidor e mercadológico do setor pet.

A humanização dos animais é tão forte, que é fácil encontrar até nomes de pessoas sendo dadas aos pets, numa tentativa ainda maior de torná-los membros da família. Além disso, estabelecimentos comerciais passaram a aceitar a presença dos peludos em seus ambientes, tornando-se pet friendly.

Isso sem contar as diversas manifestações de personificação, como o uso de cadeirinhas estilo de bebê para os animais usarem, o tingimento de unhas e pelagem, o uso de roupas, a forma de tratamento, chamando-os de filhos/filhas, entre tantos outros exemplos.

A mudança alimentar dos pets

Essa mudança comportamental, no entanto, ligou um sinal de alerta em relação à maneira como os pets estavam sendo alimentados. Isso porque quando ainda não havia tanta informação sobre os benefícios e malefícios de determinados alimentos humanos no organismo do animal, muitos tutores davam (e ainda dão) qualquer tipo de comida, prejudicando a saúde do bicho.

Uma pesquisa realizada pela Mintel em 2015 descobriu números impressionantes em relação a esse padrão errado de dar qualquer alimento para os animais. O levantamento foi feito em países da Europa e constatou que na Alemanha, por exemplo, 69% dos tutores davam algum tipo de snack/guloseima para seu cão ou gato, na Espanha o número chegou a 65%.

Com o aumento no número de pets com quadros de obesidade, diabetes e outros tipos de doenças, fez com que os donos se preocupassem mais com a alimentação e é aí que as empresas formuladoras de comidas para animais entram com um papel de oferecer produtos que sejam elaborados de forma mais saudável e adaptada para cada restrição alimentar.

Os desafios para os formuladores

Um dos estímulos essenciais para as empresas buscarem novas fórmulas mais adequadas em seus alimentos é a de que o mercado consumidor, preocupado com a saúde dos pets, está cada vez mais interessado em comprar. A possibilidade de utilizar ingredientes também utilizados na alimentação humana vem ficando cada vez mais presente nas prateleiras e produtos para cães e gatos.

Além disso, uma nova gama de produtos que têm como objetivo oferecer uma experiência diferente para o animal, seja de entreter ou atiçar a curiosidade, trouxe uma tendência de alimentos com formas e texturas diferentes, comercializados não apenas da maneira tradicional extrusada e seca.

Isso quer dizer que é um desafio enorme encontrar novas soluções de qualidade para competir pelo gosto dos compradores. Na busca por tornar as rações mais específicas, surgiram aquelas feitas de ingredientes orgânicos, aquelas com enzimas digestivas naturais, as que não foram geneticamente modificadas, sem contar, é claro, das que são focadas no porte do animal, no peso, em algum tipo de doença (como a obesidade) e até no tipo de pelagem.

Desafio para manter a qualidade

Não é difícil encontrar tutores que preferem pagar mais caro em um produto alimentar para o seu pet para ter a garantia de que a ração é de qualidade e focada nas necessidades nutricionais do animal.

Porém, para a empresa é custoso manter formulações tão específicas, por isso, é preciso modernizar a linha de produção e agregar maneiras que contribuam com o processo de elaboração, análise, estudo e manipulação da composição de novas receitas e ou matérias-primas alternativas que irão compor as rações.

Já te mostramos aqui no blog da Optimal o impacto que a automação dos processos dentro da indústria de alimentos causa em toda cadeia produtiva, que melhora desde a qualidade do produto até os gastos com processos pouco rentáveis. Sempre bom ressaltar que quanto mais flexível e capaz de possibilitar o formulador a re-otimizar as suas formulações, softwares de otimização matemáticos tornam-se grandes aliados para uma maior efetividade para resultados superiores.

Mudanças constantes

A humanização dos animais aconteceu em meio à explosão tecnológica iniciada no final do último século. Isso não quer dizer que o mercado ficará estagnado nessa realidade por um tempo, pelo contrário. A tendência é de que cada vez mais as pessoas se preocupem mais com seus pets e busquem alternativas saudáveis, sustentáveis e que cada vez mais tendem a ter traços, ingredientes e características dos alimentos humanos.

Dessa forma, as companhias especializadas em formulação de ração devem estar passos à frente do mercado para conseguir suprir as novas necessidades quando elas chegarem.

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